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COSMÉTICO OU DERMOCOSMÉTICO: QUAL DELES CUIDA MELHOR DA PELE?

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Motivos pelos quais o consultor de pele precisa entender perfeitamente a diferença entre cosméticos e dermocosméticos: • Saber indicar o produto adequado de acordo com a necessidade expressa por seu cliente • Saber identificar no portfólio de produtos que representa quais têm ação superficial (cosméticos) e quais têm ação profunda (dermocosméticos) • Ter argumentos para apresentar seu produto como a solução para a queixa apresentada por seu cliente • Defender os dermocosméticos que representa diante de possíveis comparações de preços feitas por clientes que não entendem as diferenças entre cosméticos e dermocosméticos

AFINAL, DO QUE A PELE PRECISA: COSMÉTICO OU DERMOCOSMÉTICO?

Diante de tantas ofertas de produtos para cuidar da pele do rosto e do corpo, as pessoas ficam confusas e inseguras, com medo de investir um valor alto e acabar comprando algo que não atenda a sua expectativa.

Existem inúmeras marcas no mercado de cosméticos que prezam pela qualidade no desenvolvimento dos seus produtos, mas ainda assim a falta de informação de consumidores e muitas vezes dos próprios consultores dificulta a escolha ou indicação do que usar.

Como treinadora de consultores no segmento de pele e bem-estar, observo que a maioria deles não sabe o básico: qual a diferença entre cosméticos e dermocosméticos?

Essa é a primeira coisa que vamos estabelecer nesse artigo: tanto cosméticos como dermocosméticos são considerados…cosméticos!

Pronto, agora você não entendeu mais nada!

Calma, vou explicar direitinho a seguir.

DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS COSMÉTICOS

Cosméticos são produtos usados para higienizar e embelezar a pele do rosto ou do corpo.

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é uma agência reguladora, vinculada ao Ministério da Saúde.

Vamos conhecer a atuação da ANVISA no que diz respeito ao assunto desse artigo, que são os cosméticos.

Acredito ser indispensável para um consultor de pele que comercializa cosméticos entender a regulamentação da área em que atua.

A ANVISA controla produtos, nacionais e importados, submetidos à vigilância sanitária, inclusive no que diz respeito à sua aprovação para posterior comercialização e produção no país, além da regulamentação técnica de tais produtos.

Os cosméticos são classificados pela ANVISA em Grau I e Grau II.

Vamos entender o que isso significa.

Cosméticos Grau I: segundo definição da própria ANVISA “…são produtos que se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso…”.

Cosméticos Grau II: segundo definição da própria ANVISA “…são cosméticos que possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso…”.

Ainda segundo a ANVISA “Os critérios para essa classificação foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quando de sua utilização.”.

Para ler os conceitos e definições completos a respeito de cosméticos e outros produtos regulamentados pela ANVISA, acesse o link abaixo:

http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos/conceitos-e-definicoes

COSMÉTICOS GRAU I: QUAIS SÃO E O QUE ESPERAR DELES

Como vimos anteriormente, os cosméticos Grau I são aqueles com propriedades básicas, que não requerem orientações específicas sobre seu uso justamente pela simplicidade de sua formulação, chamados apenas de cosméticos.

Podemos dizer que são os cosméticos que atuam na superfície da pele, como por exemplo:

  • Demaquilantes: removem resíduos de maquiagem e/ou poluição
  • Higienizantes: removem o excesso de oleosidade e sujidade da pele
  • Loções tônicas: complementam a limpeza e equilibram o PH da pele
  • Esfoliantes físicos: com micropartículas que removem células mortas

Para conhecer todos os 52 cosméticos considerados Grau I pela ANVISA, acesse o link abaixo a partir da página 8:

http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2867685/RDC_07_2015_.pdf/c2a1078c-46cf-4c4b-888a-092f3058a7c7

COSMÉTICOS GRAU II: QUAIS SÃO E O QUE ESPERAR DELES

Conhecidos como dermocosméticos, são produtos que prometem mudanças fisiológicas na pele e que, portanto, precisam ter sua eficácia comprovada junto à ANVISA mediante apresentação de laudos científicos apresentados pelo fabricante, bem como orientações específicas sobre sua forma de uso.

Muitas vezes seus ativos precisam estar ligados aos chamados “veículos de alta penetração” para chegarem às camadas mais profundas, onde irão atuar promovendo as melhorias prometidas na aparência de rugas ou no clareamento de manchas.

Obs.: “veículos cosméticos de alta penetração” são substâncias que viabilizam a penetração dos ativos ligados a elas, garantindo que eles cheguem à região da pele em que devem agir.

Exemplos clássicos de dermocosméticos são:

  • Protetor solar
  • Clareador da pele
  • Esfoliante peeling químico: com ativos ácidos
  • Produtos para rugas

Para conhecer todos os 63 cosméticos considerados Grau II pela ANVISA, acesse o link abaixo a partir da página 10:

http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2867685/RDC_07_2015_.pdf/c2a1078c-46cf-4c4b-888a-092f3058a7c7

AFINAL, COSMÉTICO OU DERMOCOSMÉTICO, QUAL DELES CUIDA MELHOR DA PELE?

Não se trata de qual dos dois produtos, cosmético ou dermocosmético, trata melhor a pele, mas qual deles deve ser usado para cada necessidade.

Em nossa rotina diária de cuidados home care na maioria das vezes usaremos os dois tipos de produtos, alguns com ação superficial e outros com ação profunda e/ou de mudança de estado da fisiologia da pele.

Veja um exemplo típico de uma sequência de cuidados com a pele do rosto pela manhã:

  1. Lavar (cosmético)
  2. Tonificar (cosmético)
  3. Tratar rugas (dermocosmético)
  4. Proteger com FPS30 (dermocosmético)

Analisando essa rotina, fica bem claro que os dois tipos de produtos são necessários para atender as necessidades da pele.

Se você quer limpar a sua pele, precisa usar um produto higienizante (cosmético) e se quer diminuir as rugas ou clarear manchas precisa usar um produto que dê essas respostas (dermocosmético).

Ambos são indispensáveis naquilo em que se dispõem a fazer.

A questão é que os dermocosméticos, por terem uma composição mais elaborada para promover os efeitos prometidos, bem como a necessidade de apresentação de laudos de eficácia junto à ANVISA, acabam sendo produtos mais caros que os cosméticos que dispensam essas particularidades e têm uma formulação mais básica.

A PELE DO CORPO TAMBÉM PRECISA DE DERMOCOSMÉTICOS?

Vamos pensar em dois desconfortos estéticos muito comuns:

  • Celulite: a pele precisa receber ativos com capacidade de tratar a circulação periférica, cuja deficiência é uma das causas dos famigerados furinhos
  • Flacidez da pele: é necessária a aplicação de ativo que estimule a produção de colágeno (fibra de sustentação que dá firmeza à pele) para que a região tratada fique com uma aparência menos enrugada

Em ambos os casos, a necessidade da penetração dos ativos em camadas onde eles agirão levando à pele à uma resposta fisiológica caracteriza a ação de um dermocosmético.

Portanto, não é a região facial ou corporal que define se é necessário o uso de um dermocosmético e sim o que precisa ser tratado.

Se a necessidade da região corporal é ter células mortas removidas, será necessário o uso de um esfoliante físico, que é considerado cosmético, pois sua ação é na superfície da pele.

O PAPEL DO CONSULTOR DE PELE

Motivos pelos quais o consultor de pele precisa entender perfeitamente a diferença entre cosméticos e dermocosméticos:

  • Saber indicar o produto adequado de acordo com a necessidade expressa por seu cliente
  • Saber identificar no portfólio de produtos que representa quais têm ação superficial (cosméticos) e quais têm ação profunda (dermocosméticos)
  • Ter argumentos para apresentar seu produto como a solução para a queixa apresentada por seu cliente
  • Defender os dermocosméticos que representa diante de possíveis comparações de preços feitas por clientes que não entendem as diferenças entre cosméticos e dermocosméticos

Entendo que é esse tipo de conhecimento que faz um consultor se diferenciar no concorrido mercado de vendas diretas de cosméticos.

Lembre-se: seja consumidor, seja consultor, suas dúvidas e comentários serão muito bem-vindos! Tome posse do conhecimento que eu compartilhei  aqui com você e prospere!

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Glória Toledo

Glória Toledo

Esteticista, cosmetóloga e massoterapeuta, atuo há 20 anos no ramo atendendo em consultório particular, em Campinas/SP.

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